As férias vão caminhando para sua finitude, os dias tendem a perder a tranquilidade que a distancia da rotina proporciona e quando menos se espera, lá esta ela de novo: a vida real, a correr pelas avenidas na pista da esquerda, rápida e veloz ignora as placas de aviso, quer chegar ao objeto do desejo o quanto antes, acelera para estar novamente num lugar pleno, onde o ócio e o cio podem dormir ate mais tarde sem encargos de consciência...
Férias levam consigo algo do passado e trás alguma coisa nova do futuro, nas suas idas e vindas pelo nosso ano temporal, ora trás a felicidade do encontro, ora a contrariedade da ausência: a viagem que choveu e não aconteceu, a inocência que se perdeu ao descobrir palavras proibidas em lugares indevidos, coisas velhas que ficam pelo caminho, enquanto outras novas são encontradas e colocada na mochila pra seguir viagem...
Nesta férias o céu se tinge de tons escarlates misturados ao azul da cor do mar, onde a lua tece anoiteceres rubros, pausa necessária ao tanto de tudo junto misturado que num ritmo frenético vinha tomando nossos dias de assalto, fazendo subir a pressão por resultado inicial, posse emocional, trabalho pessoal, estudo formal, relações finais, compromissos próprios e alheios...
Algumas férias são curtas no tempo mas intensas nos acontecimentos, paciente na espera do que virá, aprendeu que o tempo segue seu rumo sem perguntar o caminho, sabe que mais dia menos dia estará por aqui novamente,... uma pausa no tempo onde se enxergará ao longe, la na frente, o cotidiano dos dias normais esperando sua vez de trazer a realidade de volta...